.11
3.
no recato do tempo
resvalam as mãos abertas
ao encontro das palavras prenhas
de acordes breves
a pauta rasga-se em ventre
devassante
ao enfado
4.
e de súbito a luz brota desinquieta............... em desespero
fere até refulgir em sangue............... sitiado
o coração do caçador de gazelas
aquele que voltou a ensopar o coração
escondendo-se do sol e das tempestades
porque julgara tê-la............... encontrado infinita
como o amor ilimitado exposto à solidão dos alucinados
escrito e editado por
Gabriela Rocha Martins
.10
3.
a vida jamais se escreveu sozinha
.
.
.
a deles foi uma viagem ao amor
com ida e volta
sensual
sensual
mente
circunscrita à pele
cerzida por raios de sol
4.
na telúrica destreza dos tendões...............o reflexo
paixão que se completa na morte da brisa acúlea
no interior múltiplo
um deus arrancado ao júbilo de desencanto
hibernação das guelras
atulhadas de flores de espinhos
narrativas de seres sitiados.
escrito e editado por
Gabriela Rocha Martins
.9
3.
acéfala a minha reminiscência
em desassisado ou anacrónico amor
colhes por troca
a flor-do-vento.......... o beijo
subjugado Amante
em tudo.......... nada.......... assumido
o tombo
4.
e daqui.......... o hostil.......... refúgio de um corpo
o desejo nas bocas brancas.......... um uivo
cativo na tua mão sem sílaba
e sabei.......... intacta.......... a distância.......... da minha mão explode
lágrimas.......... espigões de mel
a nossa precária perdição
lucidez ou loucura um amor acéfalo
acéfala a minha reminiscência
em desassisado ou anacrónico amor
colhes por troca
a flor-do-vento.......... o beijo
subjugado Amante
em tudo.......... nada.......... assumido
o tombo
4.
e daqui.......... o hostil.......... refúgio de um corpo
o desejo nas bocas brancas.......... um uivo
cativo na tua mão sem sílaba
e sabei.......... intacta.......... a distância.......... da minha mão explode
lágrimas.......... espigões de mel
a nossa precária perdição
lucidez ou loucura um amor acéfalo
escrito e editado por
Gabriela Rocha Martins
.8
3.
a-fundam.......... con fundem-se.......... fundam
as mãos
arcontes
fá-lo
o desejo
em desassossego
Amante
4.
as mãos incidem na labareda da visagem
ficam infusas de línguas.......... centradas
íntimas de arestas nuas
no deslumbramento dos amieiros
apenas um fio como o bafejo de dois zanis
borboletas exaustas de voo exposto
o temor único nos lábios de sol indivisível
escrito e editado por
Gabriela Rocha Martins
.7
3.
ecstasy
as meninas anorécticas
desnudam-se
com Brighela e Arlequim
mascarados
na
passerelle
4.
a profecia dos pássaros suspensos
dos fluxos e refluxos............... artérias imensamente desnudas
e um útero de criança aceso nas guelras lilases
em geografias cavadas na carne dos rizomas
intrínsecas na periferia do nenúfar das vozes
todas as bocas perceptíveis que têm uma dilatação colateral ao coração
que desperdiça a luz dos círios.
ecstasy
as meninas anorécticas
desnudam-se
com Brighela e Arlequim
mascarados
na
passerelle
4.
a profecia dos pássaros suspensos
dos fluxos e refluxos............... artérias imensamente desnudas
e um útero de criança aceso nas guelras lilases
em geografias cavadas na carne dos rizomas
intrínsecas na periferia do nenúfar das vozes
todas as bocas perceptíveis que têm uma dilatação colateral ao coração
que desperdiça a luz dos círios.
escrito e editado por
Gabriela Rocha Martins
.6
3.
do[l]entes de beijos
esparzidos em a-braços
Hipnos e Thanatos entregam-se
à cálida sensual
idade
do en tarde
'Ser
4.
e depois reerguesse onírico na subtileza do jogo
canto e cratera onde o amor debilmente reverbera
o pássaro fragmentado na superfície afogueada dos céus
difusos movimentos acéfalos procurando o centro
às vezes as palavras afluem e predizem o coração imaterial
tão mágico e violento que as tempestades agonizam
até onde retrocedem as florestas dos olfactos improváveis
escrito e editado por
Gabriela Rocha Martins
o tempo vai passando........
.6
.5
.4
.3
.2
.1
de facto ,o tempo vai passando e ,em princípio ,o nosso juízo deveria aumentar .mas não .este não cresce na real proporção do nosso tamanho .isto é! continuamos os mesmos destruidores de sempre .só que os alvos vão mudando .como a nossa dona mais velha nos castiga por cada objecto destruído ,nós investimos para outro lado .que culpa temos nós que este nosso quintal seja um mundo infindável de surpresas? agora as nossas tentações máximas são os troncos e as folhas da nespereira e das laranjareiras .ah! mas se fica algum alguidar esquecido na casa de lavar ,cuidado minha gente ,porque também vai à vida .cesta de molas? houve, em tempos......resultado .é mais o tempo que estamos de castigo do que aquele que não estamos .aliás ,a nossa dona mais velha diz que não temos emenda e para as pessoas desta casa ,continuamos a ser considerados "as feras" e os "terríveis" .não percebem que vamos ter ,como eles ,muito tempo para sermos cães adultos .sim ,porque nós só somos cachorros ..... e ,digo.vos que vida de cachorro não é fácil ,não!!!!!!!
ps .a nossa dona mais velha diz que sempre teve cães ao longo da sua vida ( e é verdade ) mas que nunca teve uns tão endiabrados como nós .auauauauauauauauauauauau ,somos os maiores!
escrito e editado por
Gabriela Rocha Martins
Subscrever:
Mensagens (Atom)