don seegmiller
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insisto - meu amigo - em submetê-lo à obstinação das dúvidas que me perseguem quanto ao acto-criativo .mas se acredito que criar é tão natural quanto o comer
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porque me sinto presa às urdiduras da linguagem literária?
me invento em sobressaltos?
me submeto ao peso do in.verosímil e fujo qual centopeia à cópia redutora do quotidiano?
poetizo e invento o real?
prefiro o marginal ao Ente-instantâneo?
não gosto de des.enlaces felizes ?
me in.compatibilizo com a arqueologia do Ser-em?
suspendo a-dor-a-alegria-ou-os-sentimentos-banais que se alojam num falso-epicentro?
me agarro à verdade e com ela moldo o barro da invenção?
me infiltro em mil personagens?
cedo aos segredos-miméticos?
odeio o cinzentismo?
me tenho entre os meus pares alojando-os fora do alcance de um comum-mortal?
me detenho em janela-alheia?
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meu amigo
porque somos dois sobreviventes no sub.terrrâneo da imaginação
aguardo a sua resposta na urgência do breve