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don seegmiller






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meu amigo
quero-o gravado numa epístola de pedra .espero os rios que descem de manso .ouso imaginá-lo de olhos pousados num jornal aberto sobre o nada .é por isso que tento vê-lo no rasgo da luz que atravessa as paredes
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restos que inteiram os espaços tecidos pelo logro
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interrompo
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lembra-se quando pintávamos e derramávamos gargalhadas sobre os dedos? tecia-nos a desfaçatez deixando sobre o tempo a cupidez do breve
lembra-se quando era possível vaguear em rodopio ou
quando para o irritar me quedava no leito do esquecimento?
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