quem somos nós?






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que dizer do Eu quando o Outro me tem refém?
assim a epístola convertida à voragem dos monólogos
.estreita margem entre a sobrevivência e o equilíbrio
dos vagamundos Andantes
.rasgam-se em opacidades e escrevem estrofes
in.distintas como sinal da força que os move
.conjugáveis em aparentes antagonismos
reservo-os à confecção dos rituais
.agora o nada absorve-me
.golpeia-me e
torna-me marinheira de esquivos mares
.mais a norte
recolho a farsa onde me instalo à espera
do escaler que me há-de transportar
ao parágrafo seguinte
.deixo-a repousar na sombra
da ideia que me confunde desde manhã
.soletro-a palavra por palavra
.rasgo-a em pedaços e
na epifania do Verbo estendo a mão
à serpente que se esconde dentro de mim
.síntese ou máscara? 






angel cestac