na in.compreensão dos novos rituais






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repito à exaustão o medo que tenho de demorar a hora
.de a dorme’Ser de  novo no ventre
de minha mãe-Águia e
esquecer os rituais da linguagem que se quer liberta
agora que desenho letra a letra
um novo calendário onde as vogais se acasalam
.trotam quais cavalos entre estrofes e frases livres de regras
.corcéis ao vento soltam-se do rigor que as espartilham e
sem o consentimento da Norma inserem-se em outras vigílias
.mais ousadas
.fazem do ocaso um novo Acaso e
saltam sobre o arame farpado na rebeldia do golpe
.ontem tiveram-se submissas
.senhoras de boas maneiras
de fáceis costumes
de métricas e rimas certas
.hoje estreitam laços com quem as tem como companheiras
.são escreventes
.não legentes rendidas ao carrocel rasgante
de fáceis conjecturas
.requerem outros signos
.outros sinais mais ousados como caminho
.na eficácia do uivo abocanham a serventia
acorrentadas à vontade do autor
.de mim - princípio - fogem e eu consinto
.quero-as células-vivas no libreto operático do leitor
.consequentes






angel cestac