fogo






leszek paradowski






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ardo-me na fogueira apagada dos
consensos e atropelo lavas
desperdiçando errâncias neste
anavalhar de sossegos .mal pagã
de um retalhar distâncias demoro o
jogo e retardo as cartas certa
do deus que me esfrega um olho
atrás da porta .ouço o
restolhar maduro da terra e entre o
assobio do vento e o erro da saudade
ergo paliçadas sob o signo da correnteza
.serão as sombras o calibrar de omissões
ou o render dos signos? questionam
os bem aventurados
rendidos ao lirismo afogado
dos amantes em conflito
.deixo-me de lucíferos assentimentos
e penduro o
desassossego ao lado do teu rosto
.tardo a crítica e
na ironia que me é irmã
retorno à amabilidade
de um beijo con.sentido pela vulgaridade
dos incendiários da escrita