.
.
.
da eternidade o raciocínio admite-se como flor
havida entre os corpos que se dissimulam
.ao longe o homem só em permanente combustão
.assim os demónios que o cercam
.variáveis
.ousam-se e
buscam em constante frenesim
um minuto de atenção
.o homem só resiste
.ao tempo de repousar a face na lage aberta
ao despotismo que o des.acredita
.suicidários e enigmáticos
os demónios admitem-no como uma falha
.o homem-só levanta a cabeça
.qual atrofismo de alma
ou pensamento
para quem na ascese se tem menos imediatista
.soltam-se os lobos
.farisaicos
.invadem a hora do Ser
.ousam-se em mal-Amar
.o homem-só troca-lhes as voltas
.atira-lhes as migalhas que lhe restam do repasto
.faz-se sombra
.ascende à realidade diária e
torna-se obreiro da sua ideia primeva
.abre os braços ora asas
e com o bico exangue golpeia a vida sem indultos
.sem atrofismos ou demoras
.ele
.o remissivo falante
.senhor des.apaixonado
.fim de linha
angel cestac