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é no veneno de uma tarde
em que me visto de planície
que conjugo o verbo amar
.e é pelo silêncio de um estar a dois
que pego na carta de marear e
inscrevo rotas que nos conduzem ao porto
onde uma mulher e um homem
se têm na ternura de um ádito
.salgam-se as vozes onde
me escondo Amante e
onde tu devoras gestos
numa vontade de Ser-em
.enrosco-me na palidez dos gestos
que se querem pares
para deixar marcas e
tu persegues as amarras
que fomos criando fruto da liberdade
dum Estar-com
.imaginámos um compasso
onde os passos das estrelas se confundiam e
senhores de um reinterado a-deus ao não
fomo-nos imaginando mareantes em resgate
ou a secular metade de uma in.confidência
tatuada no tempo
anny maddock