.
.
.
mergulhada num turbilhão de equívocos
regresso a casa
.à minha casa sobranceira à falésia dos argonautas
.trago comigo o absurdo dos genocídios e
a cadência de quem se arroga senhora de dormências
.passaram muitos anos sobre o meu regresso
.o velho caramanchão e as gargalhadas das crianças
enchem de mentiras o espírito do lugar
outrora espaço de vivências
.alguém desafinou o compasso do tempo
de.sinformando os acordes das estrelas
ao sabor de des.inteligências
.os restos não se apagam como mutantes
.antes se adoçam nos alasbastros e
nos cortinados de veludo verde
.sobram os espelhos e
os pianos imploram saudades
das mãos que sobre os teclados
reclamam outras sonatinas
.tudo é velho e longe e
eu passiva
refaço no vento um outro lugar de complacência
antes de transportar no último cálice
a virulência dos demónios
no freio equídeo dos deuses
anny maddock