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sou na irrecuperabilidade do agora
a desmedrança que me traz cativa
.sei-me agnóstica
.apraz-me a lonjura de Poseidon e
a supressão do pecado
.da matriz faço pousio
em voto de anonimato
.no livro das horas lanço
o último assento
.sou paciente
.a engrenagem que conduz
ao caos torna-me resistente
como juiz de causa própria
.e sou tão paciente
que des.arrumo nos jornais
o vómito
consciente que o regresso à casa-mãe
é de Medusa o prometeu
.as serpentes ondeiam em lugar sagrado
.emigrante na planície de Cistene
deito a miragem na pedra
.a cabeça
.o golpe
.a rendição apócrifa
.cada vez sou mais paciente
anny maddock