.
.
.
há silêncios
que se gastam na Ausência
.que se desejam em Presença
.encontros-com
.uns e outros necessários à extinção dos sinais
.das palavras
.dos gestos
.das feridas
.dos ruídos em que o vazio se entrelaça
num dizer-escrever-tão-baixo
.só o ruído das teclas como inevitável construção
.é ao en tarde’Ser quando a luz se torna mais sim e
o sol mais não
que o ruído de todos os gestos a mais
se avém com o mistério do Ser-em e
soterrado no pó do jardim
o homem constrói um novo alfabeto
a fim de invadir os corpos sôfregos de sossego
.feito em templo de prazer o não-Ser
torna-se pasto de deslumbre e
ergue-se sobre o muro
onde as escolhas se infiltram na sobrevivência
.o sigilo alvitra segredos
.acolhe
.aconchega
.acompanha
.imaginante
angel cestac