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insisto em que a crista da onda
se desfaça em escuma
para em terra ser
o que a água enjeita
.“ad astra per aspera”
.e assim voraz apronto
uma nova livrança
.intermitentes os meus pés
confundem-se ao agilizar
a plenitude de um cântico
erigido a Poseidon
.acendo regressos
.confundo partidas
.estou mais dentro
dum mapear de sombras
onde a luz é um murro
dado no estômago
.assinalo a falta
ao ocultar a cegueira
.ao entender o movimento
que se insere num atordoar
de coincidências pouco coincidentes
.recolho à lavoura para reverter a brisa
.nem tudo se resume a um risco de lápis
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