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um golpear de asas
.o dosear agreste de um sol sustido pela brisa
quando a canícula deixa na pele gretada
um cheiro ácido e
o chilrido do melro traz-nos à memória
gândaros vendavais
.assombro de uma pincelada junto ao muro
da velha mansão onde se acendem as noites
para os dias recolherem o canto mouro
das gentes serranas
.são quadros
.resguardos
.anseios de uma menina-mulher abrigados
em aveludadas recordações
.nesse rumorejar aquoso de merendar o hoje
deixo cravado no mármore um resto de grafittis
a fim de acender o futuro com novas acendalhas
.de glosa em glosa declino as penitências
semeadas no horto onde os moldes se rasgam e
os mistérios perduram
.de olvido em olvido perfumo-me na razão
de ser
.e findo o logro dos abrigos garatujo o silêncio
anny maddock