sirvo a memória no rascunho dos nomes





josé rodrigues





*
é de ti que trago o gosto a madrugada
a fantasia errante de um percurso
e a agilidade do gato que ronrona entre
a-braços
humedecidos pelo voo dos nomes

puros que dançam impelidos
pela melodia dos minutos consumidos à tua
porta
*
há uma vontade compulsiva de plantar
restos de inquietações como
cartas abertas à chuva
*
e uma voz varre o vazio
das paredes onde outrora proliferaram quadros

*
recados de um prematuro renascimento
onde me apressei a ser o rosto