volto só para cantar o pó






.
.
.

regresso às encruzilhadas
.apago as pestilências e absorvo a poeira
.levanto o pó e com ele imagino lavas
que dos meus dedos escorrem
.submeto-as ao escrutínio dos deuses e
sei de um outro sudário que não o imaginado
.guardo-o na gaveta do tempo
.as Carpas surpreendidas com o arrojo
deixam-no pendurado nas vertentes do vulcão
que no meu peito se acende
.inscrevem-no nos cânticos das ceifeiras da morte
.ao largo na virilha da página a viagem das letras
impunes ao assombro
requer do feiticeiro de Oz um bando de ruínas
onde afogadas as vaidades
se recolhem os vencidos
.há nomes votados ao luto
.é a lei da vida no requerimento da morte
.do bardo exige-se o desígnio entre promissórias
mas o tempo oblitera-lhe o desígnio
.das vaidades resta o verdete temperado
pelos sobreviventes do Caos que nas rosas
amortalham os cardos
.consciência de validades
.exigência ou falha






angel cestac