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outro o cinzel com que te esculpo
na nudez fria de um nado-morto
.neste desbravar terrenos
assumidos como sinalética da falácia
em que te moves
des.equilibrada
.temporã vestida de farrapos e usuras
no tempo em que não podendo
ser casa nem demanda de morada
ousas interpelar os instintos e
intervéns um desavindo
como herança de um acaso
.fecho as janelas da sala maior
ao saber-te ávida de direitos
enquanto a casa que nos é berço
se resguarda escrava de sustentos
.assino em branco a tentação
de sangue espargido na omissão
do teu lugar à mesa
.deixaste de ter direito a nome
assinalado
.passaste a rastilho oculto
de assiduidades havido na lavoura
onde te demito antes de fechar
a porta
.na mão retenho a pedra
para assinalar o futuro
.vigilante
marina podgaevskaya