no cansaço da demência .o regresso a casa






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mergulhada num turbilhão de equívocos 

regresso a casa 
.à minha casa sobranceira à falésia dos argonautas 
.trago comigo o absurdo dos genocídios e 
a cadência de quem se arroga senhora de dormências 
.passaram muitos anos sobre o meu regresso 
.o velho caramanchão e as gargalhadas das crianças 
enchem de mentiras o espírito do lugar 
outrora espaço de vivências 
.alguém desafinou o compasso do tempo
 de.sinformando os acordes das estrelas 
ao sabor de des.inteligências 
.os restos não se apagam como mutantes 
.antes se adoçam nos alasbastros e 
nos cortinados de veludo verde 
.sobram os espelhos e 
os pianos imploram saudades 
das mãos que sobre os teclados 
reclamam outras sonatinas 
.tudo é velho e longe e
eu passiva 
refaço no vento um outro lugar de complacência 
antes de transportar no último cálice 
a virulência dos demónios
no freio equídeo dos deuses 






anny maddock