na vadiagem dos silêncios




.
.
.


na hora em que a dormência das mãos 

me deixa a um passo do abismo 
escrever torna-se algo tão tenebroso 
como avançar pela margem
.pasmo-me perante o excesso das ideias e 
ao resistir à tentação de renúncia 
exijo-me no rigor da trama e 
atenho-me ao remorso de um não assentimento 
.trago na cintura ágapes e tornados 
a fim dos espargir face a um final em glória 
.não sei dos átonos 
.sei dos símbolos no apego aos mitos 
.um misto de des.prazer e enfado cerca-me 
como uma foice 
.e entre o remorso de não ser mais eu e
a alegria de me ter mais nós 
agarro o pincel e 
esboço um conflito de linguagens 
aparente
mente
Amantes
.resisto ao enfado 






anny maddock