em tempo de redondilhas






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aproximo-me do fim e tenho medo 

desta crispação 
que me arrasta em ousadia  
.sim

.tenho medo 

de vestir roupagens que não são minhas 
de sentir invernos que não aqueço 
de nascer estéril e morrer expurgo

.sim

como refulgir da sombra para ser em luz? 
sem resposta 
tenho medo 
.da capa em livro raso 
deste corpo nu

.sim

não é fácil resistir 
.sei-o na experiência convulsa 
.na insistência onde o casuístico se insurge 
como suspeito

.na in.quietude da dúvida 

.no refúgio dos maiorais

.sim

na in.transigência dos insurectos
ofereço o medo às redondilhas menores






anny maddock