em Lesbos restam as águas vermelhas do mar






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ignomínia que me toca breve dos arcanos a glosa
.o esconderijo da raça e
a guloseima do mel derramado
sobre o corpo dos Silfos
.Safo sacode no alquebrar a paixão
o destino de Lesbos e
no descuido áspero das Fúrias deixa-se apoucar
sedenta de gargantas eróticas
.há gritos no mar
.maresia tarda que os caracteres
escondem a boca do menino
a engolir o lastro das ondas
.tudo se consome no descuido
com que troco as letras e
as disponho no tabuleiro da vida
.suspendo o viciar nas vozes largadas
ao arbítrio dos deuses cansados de escorrer
pelos flancos dos humanos
.tudo se decompõe em perdas vitais
.mas o tempo é bárbaro líquido e louco
.tomo-me em arpão
.pesco e não volto
.ao lugar o luto






angel cestac