e de.pois?




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quando o tempo for de ordenança e

a casa crescer das acendalhas 
o poeta será o pintor que na mesma 
marcará encontro com o Verbo e 
des.alinhará as teias atadas à cintura 
.navegante de diálogos apagará as luzes 
.fechará as portas e abrirá as janelas 
ao arejo do levante 
.mármores vernizes colas e memórias 
servirão de alimento aos vermes 
que meticulosa
mente 
aguardarão o encerrar as grades 
.restos 
.do jardim o mato 
.das paredes os gessos 
.dos móveis as resinas como resíduos 
gelados de um outro acordar 
.cegou o tempo das madressilvas e 
as malvas envolveram os bustos 
que embelezaram os jardins 
como aventais sobrepostos 
aos ventres in.fecundos 
.depois quando a distância  
estiver a um passo 
festejaremos o fora de portas 
.apenas 
.pegaremos num lápis e 
modificados todos os projectos 
alteraremos o rumo do rio cuja foz 
foi a síntese da casa 
.um claustro de recordações aceradas 
pela ética ou 
revisitadas pelo pensar direito
por linhas tortas






marina podgaevskaya