alado regresso em sépia




.
.
.

porque me assumo em construção dissonante
arrogo a inspiração genesíaca como o plasma
que me é cárcere
.nele invoco a efemeridade dos barcos e
que em mim aportam como rios
adornados de limos
.de Ariadne a Teseu o fio apronta-se
a viciar a exortação das odisseias
como anseios viciados
ou feridos pela ética que se sobrepõem
a troco de um coro jamais perscrutado
.Dyonisio assume-se como silêncio e
na vacatura das deidades em útero infértil
negoceia a fragilidade de um texto
que se me achega de tão solitário
.regresso suspensa
para na espera em maré me revelar
já que os fantasmas moram os lugares vazios e
os versos em nome dos deuses
despedem-se vestidos de ironia e luto
.vícios exangues
.de hera e sangue na mátria morrentes
.Orpheu revoltado






angel cestac