abrem-se as notas a novas serenidades




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porque se me asseguram 

rasos os pontos de confluência? 

porque resistem as mordaças 
ao sufoco das vozes? 
porque nós e não os outros 
na in.quietude mordaz que tudo devora? 
contrários os ventos na convulsão 
das memórias 
.proscritas no branco em que te dispo 
.como simples eco 
de vozes concertadas 
.de Bach a primeira sonatina 
.de Mahler o fogo que os dedos 
afloram em doces sinfonias 
.e Ofélia? 
abrem-se as notas a uma nova serenidade 
talvez mais pessoana 
.talvez mais minha 
.agigantados os medos e 
escondida em letras de fogo 
a originalidade feminina 
somos escravos de um saber mais outro 
.senhores de um ser mais luz 
.e depois na constatação do menos 
somos o mais 
na lenha do braseiro 






monika serkowska