embargo






leszek paradowski






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correm-me textos pelas veias
quando
nas cantigas lançadas ao vento
saúdo a revelia dos castos .acendo calmarias
e sem pré-aviso des.minto a dança dos
átomos na poalha do tempo .repego o
verso e indiferente ao vagar do nome regresso
ao húmus como uma memória onde sangram
os úteros .vagueio assim-
sem tempo
-num embargo de virgem a demarcar fronteiras
para
em tempo de descarte regressar
às palavras iniciais
até que o amanhã se cumpra nos lábios
marinheiros