a aprendizagem do belo






anny maddock






.
.


como qualquer escriba sou dependente dos ditames da criação .oscilo entre um D. Quixote e um Sancho Pança de modo a que entre escritos mais ou menos ousados possa esgrimir a arte de fabular .mas se a ficção me fascina a poesia tem-me prisioneira .entre uma e outra inter.põe-se a imagem e sem espanto rendo-me ao instante em que o flash apanha o minuto-a-hora-o-render-da-alma-o-sorriso-a-luz-o-tangível-e-o-in.tangível .torno-me um ser minúsculo .onde surge o poema? onde se reserva o quadro? onde se filia a fotografia? a dúvida cresce e entre o poeta//pintor//fotógrafo e mim gera-se a conflitualidade da fantasia .ambos intuímos a necessidade de reconstituir o caos circunscritos ao afã das vicissitudes de cada um .estranho matrimónio entre dois imaginários mal.ditos e epifânicos obrigados - como parâmetro - à superior alegria de fruir o belo