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na hora em que a dormência das mãos
me deixa a um passo do abismo
escrever torna-se algo tão tenebroso
como avançar pela margem
.pasmo-me perante o excesso das ideias e
ao resistir à tentação de renúncia
exijo-me no rigor da trama e
atenho-me ao remorso de um não assentimento
.trago na cintura ágapes e tornados
a fim dos espargir face a um final em glória
.não sei dos átonos
.sei dos símbolos no apego aos mitos
.um misto de des.prazer e enfado cerca-me
como uma foice
.e entre o remorso de não ser mais eu e
a alegria de me ter mais nós
agarro o pincel e
esboço um conflito de linguagens
aparente
mente
Amantes
.resisto ao enfado
anny maddock