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regressada ao r/c apresso-me a olhar
através do espelho
.a tomar consciência deste coágulo
que é o meu corpo aspirante a excomungadas jornas
.assinto a pele através dos olhos
que perscrutam a instância de ser-um-novo-parto
.de mim em lapso inaugural
.achego-me perto do sorriso e
grito enquanto eco de mulher que sobrevive
à liquidez do absurdo
.tenho fome de palavras
.tenho sede de verbos e escrevo equívocos
deixando as vírgulas em repouso virginal
.in.solvo os textos e sem pressa
retomo o balanço do navio sentada à proa
enquanto lestos os evocativos hão-de acrescer
novas fragas ao império dos sentidos
.de preferência sem sentido
gasto-me na ir.reverência de um dedo
.na ir.reflexão do todo em que excluo o fácil e
escrevo fraga se o vírus for a cortesã que me antecede
no enfado de amansadas pestilências
.suspendo o fogo
.deixo as feras entregues aos monólogos
como despojos do quotidiano e
reservo para depois
a in.sanidade dos deuses e dos demónios
marina podgaevskaya