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no desarrumo contraditório
de um deslizar de escadas
sem elevadores
.porque no dia em que a água
serviu de livre arbítrio ao estilhaço
de um traço comezinho se planteou
o insólito de uma casa sem portas e
sem janelas
.entrávamos no elevador
que nos defendia da gravidade
do etéreo
.da queda
.e assim fomos as figuras
de um estilo in.imaginável
em que nos havíamos
árvores-cães-canteiros
para lambuzar de sol as crianças
numa criação que lhes foi matriz
.ficam os fantasmas colados
ao manípulo
onde nos revíamos em mãos
tolhidas pela insónia
dos dias de estiagem
.apagámos os elevadores
.fechámos as portas
.desfizemos enseios
em troca de distinção
.volatizámos nas cinzas os ossos
de-mais rijos de roer e
fomos nós
.e nada mais pedimos