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acordo a fim de diagnosticar-te
o síndrome da demência
.antes deixo-me levar pelo ritmo dos sons
ao encontro da música que se dissimula
entre duas notas e
desfragmento as águas
que se alevantam depois da tua partida
.reportam dejectos e cheiros nauseabundos
.não me questiono neste aqui e agora
sobre o arrepio das formas
.antes preciso matar-te porque a tua morte
ao depurar as palavras
reportar-me-á ao encontro da assembleia de
pássaros que adormece
nos galhos das árvores de fruto do meu silêncio
.não é de adeuses que te cubro
.de lugares re.vestidos de poeiras
.de ritmos dissonantes porque na velha casa
onde os melros acetinam as horas não há lugar
para a degeneração
.amanhã cortarei o amor em marés de rio e
cobrirei os teus restos com pés de framboesas
antes de te apoucar à beira do in.existente
kamen kissimov