re.invento o vazio






sustenho-me no vento e deixo as minhas mãos
coladas ao núcleo do silêncio
.teclo ritmos
.levanto a voz
enquanto
o teu olhar se esgrime na fímbria da aurora
.projecto-a algures
desenterrando as raízes do meu a-mar vadio
.grito o teu nome neste tumulto que me alimenta
e esqueço onde começa o galopar do vento
presa como estou aos arrais do des.conforto
.de noite
deixo que o orvalho cubra o meu corpo desnudo
e estendo-me nas redondilhas em derredor das
ondas do teu cabelo que se deixam seduzir por
volúveis pitonisas






george christakis