de impasse em impasse





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pauto a irreverência pelo gosto 
de te saber a lágrima que ousei 
à sombra do escárnio 
.de im.perfeita e sem lugar marcado 
passas do silêncio que se tem mácula 
para um rascunho de personagem 
.senhora de pergaminhos alheios 
ousas impô-los como teus 
numa im.prudência assumida 
.em epitáfio escreverei o teu nome 
no muro virado a norte 
da casa maior e 
morta e des.codificada 
guardarei a tua presença no 
meio dos cardos e das ervas 
que se erguem livres no quintal 
para envolver-te viúva 
.lá fora os répteis e os vermes 
aguardam-te 
a fim de cobrir-te de novos impasses e 
tu aprontas-te a morrer 
sem que as horas tardem a conceber-te 
a-fora o tempo em que te des.laço 
numa alegoria que assumo 
como morada ou mortalha
de investidas menores 






kamen kissimov