um presente-futuro





josé rodrigues





*
semeadas a esmo as canículas
deixam restos
*
foi Agosto é Setembro
*
fogueiras iluminam as noites e as sílabas
outrora caladas alastram-se
pelas madrugadas dum tempo velho
*
foi Março é Abril que se adensa
no galope dos cavalos e

a pestilência
consente a permanência dos homens sem
esqueleto

*
num desistir que já foi quanto