Outono






leszek paradowski






*
*
*
ando sob(re) fios de vento
numa ébria viagem que me aporta
à dormência do Outono .transpiro
a escrita e num silêncio que é só meu
complico
num naufrágio sem pré-aviso as
palavras
.resta-me dos ventos iniciais
a calmaria
para saudar-
a preto e branco
-a luz da lua
como desgaste de iluminuras
.e é neste tempo de acender as pedras
e soltar
os cães na dúvida dos dias
torpes
que contra-ordeno
a insídia que me incomoda