na tormenta dos sentidos paralisantes






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declinável o sorriso da garça que me deixa
para conceber a Cronos a titularidade paterna
.Poseidon senhor do raio e
deus supremo das águas nas mesmas
ousa provocar a minha velatura
.nela me arrogo 
.nela consagro o direito ao medo
.não oro nem me demoro presa à fúria
que me oferece no tridente divino
a prova máxima de des.cortesia
.paraliso o gesto da tolerância
.desmeço-me cortês e
transito a espera na guerra aos deuses
tendo os argonautas como títeres
.de sua deidade não ouso desafiar
.descodifico-me e transito pelo silêncio cavo
.em mim a tormenta
.na Ilíada a revolta das nascentes
deslace afásico do futuro
.inversos os coros
consagro em memória as lideranças
quiçá meãs quanto absolutos os monstros
.deles e com eles inverto a sorte amestrada
na absolvição dos poderosos
.mediocratas e vulgares






angel cestac