in.domínio de gestos no adubar a terra






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assingelo arquivo deslumbre infâmia 

rendilhado cavo no lavourar a manhã 
.esquivo e distante o éter 
aquém do húmus fragrância ou ferida 
.resta o contacto a água solvente 
no decantar da bilha que se alevanta cedo 
.um suspiro brado no acordar 
os trabalhos deixados na terra 
.e tudo se esvai no brilho da noite 
no aconchego do fogo ou na malga quebrada 
.o frio agasalha o a-braço da gente no repasto 
largado debaixo da mesa 
.e o cão que fareja o afago da mão 
calcinados os campos no escarro das horas 
.a enxerga aquece a semente in.certa 
o pão arrefece e o milho des.dobra 
a magra colheita 
.aconchego de fome sob o xaile de lã 
sobre a face raiada destroços húmidos 
onde o olhar se esvai 
.assim o entrego a afronta o arrojo 
dum mundo esquecido no refazer o hoje
amanhã sobrarei a disfunção bastante






marina podgaevskaya