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construo e des.construo vertigens
coladas num caminho
de aparentes incursões
.de irritações
.de ecos deixados à deriva
.apetece-me ser um vocábulo
em trânsito e
um descortinar de revoltas admitidas
à distância
.não me importo com a durabilidade
de sentimentos que não nutro
.subo ravinas para descer planícies
no dorso ondulado de um fim em vista
.golpeio os nomes que não são meus e
deixo-os marinar à distância do raio
.vislumbro a laranja-atípica
afiada como lâmina
.pronta ao golpe assisto-me
a fim de admitir o desvio
de um quarto de uma cama
inscritos na certidão predial
de uma casa tida como rastro
.a insónia admite-se como inflacção
de um orçamento menor
marina podgaevskaya