alexander dolgikh
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lembro-me de a olhar ao espelho
como se fosse o reflexo de alguém
cujo dorso se verga ao vento
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lembro-me de vê-la sentada sob uma árvore
cujos ramos se prolongam como braços abertos e
lembro-me
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de não me lembrar
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absoluta.mente delirante
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o nada é belo mas muito breve