é de tarde que a morte se faz sentir





-anke merzbach




*
nas noites que ainda deixam rastos de nós
apresso-me a omissões

*
a não consentir que as águas sejam lastros
que desaguam no mar do meu a-mar

*
sento-me
frente à cadência ritmada de
um relógio de parede e
não penso em nada
enquanto o frio
assenta ritmos breves

*
rego o venério nesta outra forma de
ocupar as horas